terça-feira, 19 de julho de 2011

MÉRTOLA - MAIS UM REGRESSO

Foi com uma estranha e angustiosa sensação que regressei hoje à investigação arqueológica sobre o bairro islâmico de Mértola. Diversos fatores levaram-me a não intervir, a partir de 2001 na alcáçova da vila. Retomei hoje um contacto que pensava interrompido para quase sempre. O que me preocupará nas próximas semanas? Concluir relatórios, ler e escrever, olhar de novo para as estruturas do bairro, tentar reler as estruturas da casa VIII, e as da casa IX, e as da XII e as da XV. A forma como se estruturam e foram sendo reformuladas diz-nos bastantes coisas sobre a sociedade da época.

Ao longo da manhã fui ligando para Moura. Nessa pendulação aumentou a minha angústia. E comecei a contagem decrescente para dia 5 de Setembro, quando conto retomar os trabalhos arqueológicos no castelo.


A UN AMIGO QUE RETIRADO DE LA CORTE PASÓ SU EDAD

Dichoso tú, que alegre en tu cabaña,
Mozo y viejo espiraste la aura pura,
Y te sirven de cuna y sepultura,
De paja el techo, el suelo de espadaña.

En esa soledad que libre baña
Callado Sol con lumbre más segura,
La vida al día más espacio dura,
Y la hora sin voz te desengaña.

No cuentas por los Cónsules los años;
Hacen tu calendario tus cosechas;
Pisas todo tu mundo sin engaños.

De todo lo que ignoras te aprovechas;
Ni anhelas premios ni padeces daños,
Y te dilatas cuanto más te estrechas.

Ler este poema de Francisco de Quevedo (1580-1645) foi uma forma de identificar sentimentos. E ideias. Embora não me tenha ajudado muito.

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