"Como quieres torear si no tienes toro?". O grito, vindo de um dos tendidos, ouviu-se claramente em toda a praça. E tinha razão de ser. Morante bem se esforçava mas o touro não estava lá. Esse e todos os outros da ganadaria Parladé. Foram todos, sem excepção, assobiados no final das lides.
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Salvou a tarde o esforço de Sebastian Castella (n. 1983). É verdade que os touros se lhe acabaram depressa mas ainda a tempo de dois estatuários, sempre de grande efeito mas que não impressionaram por aí além o público da Real Maestranza, e, sobretudo, da lide do último touro. Aí sim, o público rendeu-se aos cambiados e ao espírito de entrega do diestro. Diz quem sabe: "Pronto hubo de acortar distancias porque el toro no seguía la muleta del francés. Invadiendo su terreno logró meter el público en su obra y tras una tremenda estocada arrancó una oreja que premió una tarde de máxima entrega" (Maurice Berho).
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Há sítios especiais e diferentes? Claro que há. A praça de touros de Sevilha é um deles. A começar pela arquitectura da praça, a continuar nos tons dourados da arena e a culminar no público. Poder-se-iam destacar muitas particularidades no público de Sevilha. Creio, porém, que bastará referir o silêncio religioso com que as faenas são seguidas e os característicos "bien!" com que se comenta o que é feito e merece aprovação. Para o ano, em Abril, lá estarei.
. Página web do toureiro:
http://www.sebastiancastella.net/
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Para informações sobre o que vai acontecendo no mundo do toureio:
http://www.mundotoro.com/
3 comentários:
em todo o caso, e não demeritando Sevilha, impõe-se dizer que, se há terra de afición e de saber tauromáquico, essa terra chama-se ilha Terceira, Açores..
Nao é "bien", é : Biieeennnn...
Lleva usted razón...
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