sábado, 19 de setembro de 2009

609 KMS

O texto de Paulo Paixão e Rosa Pedroso Lima tem chamada de primeira página no Expresso de hoje. As primeiras linhas dizem tudo: "E se os 508 mil desempregados portugueses que o INE registou em Junho deste ano resolvessem subitamente dar as mãos? O resultado era um imenso cordão humano de 609 kms de comprimento. Tão grande que nem o país chegava para o acolher. A imagem é impressionante: de Sagres a Bragança vai uma distância, em linha recta, de 564 km. Os desempregados todos juntos já ultrapassam esses limites nacionais."
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O texto segue depois, numa angustiante perspectiva do que é a vida destas pessoas, do que que são os casos de vida dos que estão à margem do sistema, que não subscrevem PPR nem têm acções. E que, como os meus conterrâneos José Moreira e José Espada, vêm esfumar-se a esperança, um dia após outro, talvez sem esperança nem retorno.
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Como eles, muitos outros estão fora do Avançar Portugal e do juntos conseguimos. Um motivo para reflexão e para tomada de decisões a uma semana das eleições legislativas.
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A fotografia feita por Fernando Piçarra, com José Moreira e José Espada de mãos dadas nos campos de Santo Amador (Moura), é uma imagem de grande impacto e que diz tanto como o texto. Vale a pena ler o Expresso de hoje.

5 comentários:

Anónimo disse...

"os meus conterrâneos José Moreira e José Espada"

Embora tenha familiares em Santo Amador julgo que não é natural dessa freguesia...

Anónimo disse...

Mal seria se o Santiago só considerasse como seus conterrâneos os naturais de S. João ou Santo Agostinho. Moura, são todas as freguesias.

Saudações de Santo Amador

Helena Romana

Santiago Macias disse...

Efectivamente assim é, anónima/Helena Romana!

Anónimo disse...

A defender a universalidade do seu camarada... Muito bem…
Apercebo-me que ambos são muito influenciandos pelo Sócrates (o filósofo), e esta dedução é baseada na célebre expressão: "Não sou nem ateniense, nem grego, mas sim um cidadão do mundo"...

Helena Romana disse...

A mesquinhez humana têm destas coisas...a um post em que o assunto tratado é o flagelo por que passam mais de meio milhão de portugueses,os bravos anónimos centram-se, numa questão de interpretação de dicionário.

Muito bem, sim. Com Sócrates ou sem Sócrates, o filósofo.