sábado, 13 de fevereiro de 2010

BISSAU III - 25 ANOS DEPOIS

Ainda os reconheceria? Ainda se lembrariam de mim? Estariam muito diferentes? Estaríamos muito diferentes? Os reencontros com o passado nem sempre são felizes e muitas vezes desliguei o telefone quando a marcação do número ía a meio. Até ganhar coragem.
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Bissau trouxe-me, por isso, a recordação de dias felizes. Sim, recordávamo-nos todos uns dos outros. 25 anos depois, 20 quilos mais tarde. Não pertenciam todos à mesma rede social (chamemos-lhe assim) da Faculdade de Letras. Mas a Filomena Miranda, o Domingos Semedo e o Pedro Milaco são os mesmos colegas fraternos, simpáticos e descontraídos de quem guardava as melhores memórias. Tal como o Leopoldo Amado ou a Filomena Martins, que estão em Cabo Verde e que gostaria de rever um destes dias. Em Bissau recuperei o paradeiro de colegas senegaleses e mauritanos de quem perdera o rasto. Costumavam convidar-me - o único europeu numa multidão africana - para ir jantar com eles ao Murganhal, na espécie de república onde viviam. O jantar era coisa para acabar às seis da manhã, a horas de apanhar o primeiro autocarro...
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Não vou, seguramente, arriscar esperar mais 25 anos antes de os voltar a reencontrar. De certeza absoluta.
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2 comentários:

Leopoldo Amado disse...

Cá te espero, caro Santiago.è sódizeres a data de chegada que tens aposentos à tua espera.

Estou fekiz por saber que a tua viagem à Bissau foi nesse sentido bem-sucedida.

Leopoldo Amado

Santiago Macias disse...

Ena!
Grande comentário! Já te respondo por mail.