Dia longo pelo concelho: Sobral da Adiça, Santo Aleixo, Safara, Moura, Póvoa e Amareleja. A (re)descoberta, a cada momento, do que se julga conhecer a palmo. O alquerque (o Qirkat do oriente medieval, que o Livro dos Jogos reproduziu) na soleira da porta lateral da igreja de Safara. Tradições do levante mediterrâneo na nossa aldeia. E um alpendre neo-árabe ao fundo de um jardim de pendor romântico, num solar na Amareleja. Sugestões andaluzas sublinhas pelos azulejos de fabrico sevilhano. Pensamos que conhecemos tudo? Terrível equívoco esse.
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1 comentário:
Caro Santiago,
A propósito do Alquerque dos 12, quero lembrar um conjunto de actividades que a ADCMoura realizou entre 2005-2008 para a sua valorização e divulgação, no âmbito dos projectos Envolvimento Parental na Escola (POEFDS) e Plano de Desenvolvimento de Safara (Medida Agris): inauguração, na praça central de Safara, da exposição Pedras que jogam (Departamento de Matemática da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa), que foi visitada por cerca de 2 mil pessoas; recolha, pelas crianças da EB1 de Safara junto das pessoas mais idosas da aldeia, das regras do jogo e edição de desdobrável como resultado dessa pesquisa; realização de campeonato intergeracional de Alquerque dos 12, utilizando tabuleiros e pedras de jogo construídos pelas crianças com materiais recicláveis; a história do jogo e a existência de tabuleiros inscritos no património construído de Safara (igreja matriz e não só!) são mencionados no desdobrável turístico de Safara e no catálogo O regresso à terra - redescobrindo e reinventado Safara, ambos editados pela ADCMoura; por último, o tabuleiro, cuja fotografia aparece no post, estava acompanhado de uma placa de identificação, que entretanto foi vandalizada, inserida no percurso de interpretação de Safara (produção da ADCMoura no âmbito da Medida Agris).
Filipe Sousa (ADCMoura)
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