domingo, 30 de abril de 2017

AGORA QUE TERMINA ABRIL...

A imagem foi recolhida algures no facebook. Desconheço o autor, mas é a fotografia é bonita e festiva. Quase onírica. Datará, seguramente, de 1974 ou 1975.

Dei comigo a pensar "nem prevenção rodoviária, nem contra-ordenações, nem autoridades de qualquer coisa, só o desafio e a festa". Viva Abril!

sábado, 29 de abril de 2017

ESCAVAÇÕES ARQUEOLÓGICAS 2017

Ontem anunciei o recomeço da intervenção arqueológica em 2018. Hoje de manhã, falei rapidamente com a equipa e antecipei o reinício das escavações para o próximo verão. Em horário reduzido, com a minha presença "em mínimos" e sem colocar em causa a tarefa principal na autarquia. Onde trabalhar? Na área detrás do convento, no espaço que corresponde a dois antigos claustros (v. fotografia). Porquê nesse sítio? Porque é o menos suscetível de ter sofrido alterações no período pós-medieval. Ou seja, o urbanismo tardo-medieval, ou mesmo anterior a essa época, pode estar "aí". Digo eu, mas as surpresas têm sido tantas...

A ligação a Moura continuará. Disso não tenho dúvidas.

SPOT - um projeto em Moura

A manhã foi passada no Cineteatro Caridade, acompanhando a apresentação do resultado final de um projeto (SPOT), desenvolvido no Centro Infantil de Nossa Senhora do Carmo. Cinco tópicos em revisão (água, azeite, biodiversidade, património, sol). Cinco enfoques sobre o concelho.

Convidaram-me a participar e a intervir. Aceitei com gosto, como aceitei todos os convites vindos de estabelecimentos de ensino. Estar com os jovens e apoiar a educação é mais do que debitar discursos balofos e labiosos e repetir até à exaustão que "as pessoas estão primeiro" (pois, evidentemente, quem há-de estar?...). Por isso mesmo enfatizei, na intervenção final, a importância da educação e da cultura científica, o papel central que devem ter na nossa formação e a defesa da reabilitação patrimonial enquanto peça do desenvolvimento dos sítios.

Η επόμενη στάση:
a aula sobre Moura para os meninos da Escola do Sete-e-Meio.

Torre de menagem

Mouraria

sexta-feira, 28 de abril de 2017

DE AVIENO À TALL SHIPS REGATTA 2017

O texto assim tipo para historiadores:

No litoral dos Sefes encontra-se a ilha Petânion e um amplo porto. Depois, contíguas aos Cempsos, ficam as povoações dos Cinetes. Então, lá onde declina o cabo Cinético, ponto extremo da rica Europa, e entra pelas águas salgadas do Oceano povoado de monstros. O rio Anas percorre a região dos Cinetes e sulca as suas terras. Abre-se de novo um golfo e, cavado, o litoral estende-se para sul.

É um excerto da "Orla marítima", de Avieno, autor do século IV d.C. A obra foi composta a partir de relatos mais antigos. A complexa história da construção do relato está explicada, numa síntese exemplar, na edição anotada por José Ribeiro Ferreira (ed. Instituto Nacional de Investigação Científica), e que usei mais acima.

Vem isto a propósito de uma iniciativa que decorre em Sines, a Tall Ships Regatta. Moura está presente, promovendo o concelho fora de portas.

É irrelevante, neste caso, discutir a coincidência geográfica de cada topónimo. Mas é curioso sublinhar o recente achado de uma pedra com inscrição, atestando a existência de uma rábita em Sines. Ouvi, em tempos, dezenas de vezes a explicação, feita a pé firme, de que não havia vestígios islâmicos em Sines. Tal como ouvi gente qualificada garantir e explicar que a tese de Cláudio Torres (Marsa Hashim=Sines) estava errada. Não estava, como agora se vê. Ou seja, a fonte árabe que falava na existência de um grande templo em Marsa Hashim reportava-se à construção que ali existiu (onde está hoje o castelo?) e que perdurou sob a forma de rábita.




Imagens da peça e da transcrição (por Ana Labarta) no site da Câmara Municipal de Sines.

Ver - http://www.aporvela.pt/sinesrdv2017/

CASTELO DE MOURA: ANTES E DEPOIS

O castelo da minha terra, assim ao jeito dos transplantes capilares. Antes e depois.



ANTES
2005 - Fotografia: João Espinho

DEPOIS
2013 - Fotografia: Rui Ferreira

Entre o antes e o depois, alargaram-se as escavações arqueológicas, reabilitou-se a torre do relógio e deu-se corpo ao posto de receção aos turistas. E, a partir de junho de 2013, o castelo passou a estar aberto em permanência ao público.

quinta-feira, 27 de abril de 2017

AS PONTES DE MADISON COUNTY

Os CRÍTICOS (maiúsculas sff...) não gostam de filmes assim, e este melodrama de Clint Eastwood não mereceu grandes simpatias. As pontes de Madison County conta uma história à partida improvável. Mas que se torna realidade em pouco tempo. O argumento balança entre o desejo e realidade. A cena final é reveladora do choque entre o sonho e a sua impossibilidade.

Não é um grande clássico do cinema, mas é um filme com alma. 22 anos depois da sua estreia (a 2.6.1995) continua bem vivo. É a minha escolha cinéfila para este final de mês.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

ENTRETANTO, NUM DOCUMENTÁRIO ALEMÃO...

Ao procurar, há pouco, imagens sobre o pós-25 de abril, fui dar com um documentário alemão onde, em dada altura, me pareceu vislumbrar algo familiar. Parei o scroll, voltei atrás, e lá estava. Entre os minutos 14:56 e 15:15 surgem imagens de Moura. No final dos anos 50 ou inícios de 60, tanto quanto parece.


O link é este: https://youtu.be/UlLLQPva4XI

O 25 DE ABRIL, UM FOTÓGRAFO EXCECIONAL E OS MENINOS DO CALDAS

O grande fotógrafo Alfredo Cunha teve uma reação irada no facebook, ao ver uma obra sua usada pela Juventude Centrista. Já não bastava o descaramento da utilização como, ainda por cima, o aviltamento gráfico.

Tribunal com eles!

terça-feira, 25 de abril de 2017

25.4.1974

Não hei-de morrer sem saber
Qual a cor da liberdade.
Eu não posso senão ser
Desta terra em que nasci.
Embora ao mundo pertença

E sempre a verdade vença,
Qual será ser livre aqui,
Não hei-de morrer sem saber.
Trocaram tudo em maldade,
É quase um crime viver.

Mas embora escondam tudo
E me queiram cego e mudo,
Não hei-de morrer sem saber
Qual a cor da liberdade.


Jorge de Sena

No Porto - via Paloma Canivet

segunda-feira, 24 de abril de 2017

DESPORTO X 4

Até 21 de abril fechou-se outro ciclo na vida recente da autarquia. Ficaram concluídos quatro projetos de melhoramento de instalações desportivas.

Quanto se vai investir?
Póvoa de Miguel - 44.324,18 € (apoio ao Grupo Desportivo Povoense)
Moura - 42.442,57 € (apoio ao Moura Atlético Clube)
Amareleja - 40.000 € (apoio ao Grupo Desportivo Amarelejense)
Safara - 13.533,49 € (apoio à Associação Rituais d'Aldeia - Clube de Futebol)

Três destas intervenções foram candidatadas, através dos clubes, ao Programa de Reabilitação de Instalações Desportivas / 2017.O investimento total é de 140.300,24 €. Está prevista uma comparticipação camarária num montante global de 90.160,11 €.

Entrega do projeto ao GDA, na véspera do aniversário.

domingo, 23 de abril de 2017

DEZ DIAS NA PRESIDÊNCIA

Crónica visual de mais Um dia na presidência. Um trio geograficamente diversificado: Póvoa, Amareleja e Moura. O André Caeiro, o António Serranito e o Miguel Ferro (alunos da Escola Profissional de Moura) andaram um dia inteiro pelos meandros da administração autárquica. Visita a obras, a equipamentos, informações sobre projetos, presença na reunião de câmara, de tudo um pouco se compôs a jornada.

A última edição de Um dia na presidência terá lugar a 3 de maio.

08:05 - Encontro com os trabalhadores, nas oficinas municipais.

08:15 - Visita às oficinas.

08:30 - Preparação do dia: a agenda, os despachos e diversos etc.

09:00 - Reunião de coordenação: preparação da reunião de câmara.

09:45 - Visita ao castelo.

10:00 - Um novo espaço para o multibanco.

10:15 - No Campo Maria Vitória: novo Continente à vista.

10:30 - Pátio dos Rolins: quatro espaços para habitação social.

10:45 - Igreja do Espírito Santo: o sentido da reabilitação.

11:15 - Ponte do Coronheiro: obras de reforço da estrutura.

12:15 - Torre do Relógio: o concurso está a decorrer, haverá obra antes do final do ano.

12:30 - Abastecimento de água ao concelho: passado e futuro da ETA do Ardila.

12:45 - Igreja de Safara: obras de reforço da estrutura.

14:30 - Antiga estação ferroviária: passado e futuro de um edifício.

14:45 - O novo parque infantil do Jardim da Porta Nova.

15:15 - "Água - património de Moura": visita à exposição (que eles já conheciam).

16:15 - Ágora Social: resultados práticos deste gabinete (casa recuperada na Rua da Romeira).

16:35 - Encontro com os trabalhadores, no Cineteatro Caridade.

17:30 - Depois da reunião de câmara.

sábado, 22 de abril de 2017

TANTO QUE ME TENHO LEMBRADO DO DR. PACHECO PEREIRA...

"Quem nasceu para lagartixa nunca chega a jacaré", costuma recordar o Dr. Pacheco Pereira. Tantíssimo que me tenho lembrado dele...


BRISAS NA TARDE

Presença das Brisas do Guadiana na abertura do novo espaço TERRA GENTE, que conta com a colaboração de artesãos e de artistas locais. É um projeto ligado ao Contrato Local de Desenvolvimento Social, que assim assinala devidamente o seu primeiro ano de trabalho.

No final, houve lugar a uma pequena intervenção e a uma fotografia de grupo. Melhor ainda, uma das senhoras ofereceu-me uma rosa. Nunca tal me tinha acontecido. Pu-la na lapela e usei-a o resto da tarde.



USAIN BOLT - catálogo quase completo

Divirto-me, em dados momentos, a imitar a pose Usain Bolt. São alturas de celebração. A pose é menos formal? Talvez, mas Usain Bolt também não é muito formal... E o exercício do poder tem/deve ter destas coisas.

Inauguração do Centro Náutico da Estrela

Inauguração do Parque de Leilão de Gado


Prémio da APOM para  a exposição "Água - património de Moura"

Manhã dos Campeões

Carnaval 2017

Um dia na presidência

sexta-feira, 21 de abril de 2017

REGRESSO A BÖCKLIN

Entre as águas fica a ilha dos mortos, de Arnold Böcklin (1827-1901). Desta obra, Die Toteninsel, Böcklin fez cinco versões, das quais restam quatro. A que aqui se reproduz é a primeira, pintada em 1880 e que se encontra atualmente no Kunstmuseum Basel, na Suíça. É normalmente apontada a ilhota de Pontikonisi, perto de Corfu, como a inspiração para esta obra. É provável que sim, mas a ilha cemitério de San Michele não deve ter sido alheia à(s) pintura(s).

Recordo o final do poema "Retrato", de Antonio Machado:

Y cuando llegue el día del último vïaje,
y esté al partir la nave que nunca ha de tornar,
me encontraréis a bordo ligero de equipaje,
casi desnudo, como los hijos de la mar.


quinta-feira, 20 de abril de 2017

MARE TRANQUILLITATIS

Tomei posse há exatamente três anos e meio. Esta notícia, publicada em 28.10.2013 no "Correio Alentejo", cita uma entrevista dada à LUSA. Passado este tempo constato, com agrado, que não falhámos uma única das prioridades. Estão todas concretizadas. Não mudaram, desde outubro de 2013, nem o método, nem o tipo de intervenção, nem o ritmo de trabalho. Prepararam-se, apesar de circunstanciais resmungos, as grandes obras para 2017/21. Tomam forma empreitadas de valor global superior a seis milhões de euros. No meio disto, só a fotografia é que mudou: o cabelo ficou branco, e não percebo como...

quarta-feira, 19 de abril de 2017

UM POÇO, DOIS POÇOS, TRÊS POÇOS...

A princípio havia UM poço árabe, em plena Mouraria (na esquina do largo com a travessa e com a segunda rua). Que não era árabe nem nada parecido, mas a tradição permaneceu. Na verdade é uma peça tardo-medieval, à qual se veio juntar OUTRO bocal, encontrado na Primeira Rua da Mouraria. Um e outro têm uma cronologia que andará pelos séculos XIV-XV. Aqui, as ruas "não se ficam atrás", e eis que há meses foi identificado um TERCEIRO bocal na Treceira Rua da Mouraria. Não é medieval, nem por sombras. Na melhor das hipóteses, terá cronologia seiscentista.

Os três bocais serão as estrelas da Casa dos Poços, na esquina do largo com a travessa e com a segunda rua. Memória, herança cultural e promoção turística, num processo que arrancou a custo e que agora ganha asas. A partir de final de junho, a nossa Mouraria contará com mais um elemento patrimonial de grande valia.

O bocal nº 3 no local de restauro - a popular indisciplina das curvas e a geometrização palaciana

PRO MEMORIA


A formação de historiador pode pesar um tanto nestas coisas, admito. Mas o registo de factos relevantes parece-me importante. A reabertura do Cine-Teatro, no Domingo de Páscoa, foi pretexto para assinalar obras recentes e sobretudo, para recordar a reinauguração, ocorrida em 1995, e da qual não havia registo escrito no local.

Ai dos que desprezam a memória e não valorizam o passado dos sítios...

ARTE E IMPROVISO - ESCULTURA AUTOMÓVEL

As oficinas são sítios extraordinários. O mais interessante é ver como os objetos mais simples do quotidiano ganham novas formas e novas funções. Há dias, um conjunto de placas de matrícula ganhou contornos diferentes. Assim, verticalizadas e fora do seu contexto habitual, podem ser junk art ou um ready-made. Não sei se o são, mas o quotidiano tem, no seu improviso, coisas assim divertidas.

Oficina automóvel da CMM - 29.3.2017 (08:05)

terça-feira, 18 de abril de 2017

ORIENTE E OCIDENTE, A UM MÊS DO FESTIVAL ISLÂMICO

Cumpre-se um hábito antigo. Darei, também em 2017, o meu contributo ao Festival Islâmico de Mértola. Em 2015 foi com uma curta-metragem de ficção, este ano será com duas exposições. Uma (Al-Sharq wa Al-Gharb) é produzida expressamente para o evento: um conjunto de fotografias de espaços religiosos na Europa, no Maghreb e no Médio Oriente, que serão montadas no Largo da Alcachofra. A outra é uma reposição. Volta a estar patente ao público Arquitetura de Mértola entre Roma e o Islão, que comissariei, em conjunto com Virgílio Lopes, em 2010.

Um regresso duplo a um sítio de gratas recordações.

Ver - http://www.festivalislamicodemertola.com