Essa coisa do til... E dos ditongos... Em todo o caso, a tela perpetua a morte de Camões. É obra de Joseph Léon de Lestang-Parade (1810-1887) e está hoje no Musée Granet, em Aix-en-Provence.
Le Camoëns escreveu sonetos como este:
Le Camoëns escreveu sonetos como este:
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontade
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E enfim converte em choro o doce canto.
Que já coberto foi de neve fria,
E enfim converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.
1 comentário:
E tinha escravos...
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