Cumpre-se agora a nona campanha de escavações na alcáçova do castelo de Moura: 1989 / 1990 / 2003 / 2004 / 2005 / 2007 / 2008 / 2010 / 2011 são os anos deste projeto. Nas imagens pode constatar-se a evolução dos trabalhos entre 16 de junho de 2010 (em cima) e 20 de outubro de 2011 (em baixo). Duas campanhas especialmente produtivas e que nos permitem agora, com o avançar das obras de reabilitação no recinto do castelo, perspetivar a reabilitação e valorização das estruturas. Momentos importantes da história da nossa cidade (o urbanismo de época islâmica, que começa a revelar-se, e os aquartelamentos de época moderna) mostram-se agora com mais nitidez. Outros projetos de investigação para o futuro estão agora a ser preparados.
Está para breve a monografia destes primeiros anos de intervenção, em fase de redação, em conjunto com os colegas Vanessa Gaspar e José Gonçalo Valente. Depois dos desafortunados anos entre 1991 e 1998 e depois de uma longa hesitação em retomar este processo os tempos são agora de trabalho calmo e produtivo.
3 comentários:
Olá Sr Santiago
Sou natural do Sobral da Adiça e vi aqui no seu blog que vão lá ser feitas obras na ribeira, como é natural e até porque tenho uma casa junto à ribeira, tenho uma certa curiosidade acerca do projecto, nesse sentido é capaz de me informar sobre alguma forma de ter acesso à(s) imagem(s) do projecto.
Já agora uma outra questão a propósito deste post, ao longo da minha vida e já lá vão 52 anos, tenho tentado por várias vezes visitar o interior do castelo de Moura, coisa que nunca consegui fazer, a última vez que tentei foi no passado mês de Agosto, quando fui à cidade assistir ao FAC, sabe-me indicar se nos tempos mais próximos há alguma hipótese de o visitar.
Abraço
António Olaio
Boa tarde sr. António Olaio. De momento não tenho imagens da obra, mas espero, em breve, colocar algumas aqui no blogue.
O castelo de Moura não está, de momento, visitável porque há obras de grande dimensão em curso. Esperamos ter essa parte concluída em inícios de 2012.
Nesse trabalho de arqueologia visto de cima e para o comum dos mortais,os vestígios postos a descoberto, podem não passar de "pedras mortas".Quer-me parecer que não é dado a conhecer à comunidade e, passo a passo,as descobertas que vão sendo realizadas.Tudo permanece no segredo dos "deuses".O portal da autarquia deveria divulgar constantemente aquilo que é descoberto.O interesse da sociedade seria crescente.Afinal, trata-se de um valioso património público que não se destina primordialmente a servir de tema a teses universitárias.A propósito, recordo o saudoso Dr. Fragoso Lima que nos inícios da décadade 1970, pegou numa turma e conduziu-nos ao recinto do castelo onde nos deu uma lição viva e de vida sobre aquele local e o seu passado histórico.
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