Chama-se Alberto M. Carvalho e é o responsável pela educação em Miami. É um self-made man, que tem o estilo (até no penteado) do político americano. É português e saiu da Pátria há 30 anos. Deu uma interessante entrevista ao Expresso. E há muitas coisas que disse com que estou de acordo.
A páginas tantas, Alberto Carvalho comete um erro curioso. Que me parece resultar mais da imagem que Portugal projeta para fora do que de um lapso de memória. Diz, a propósito das razões da sua saída: "quando acabei o 12º ano em Portugal, tinha de se conhecer alguém para entrar na universidade, ou então pagar muito dinheiro para ir para uma faculdade privada". A segunda parte era verdade, mas diga-se que hoje estudar no ensino público ou no privado de qualidade já tem pouco a ver com o valor das propinas. É que na altura em que Alberto Carvalho terminou o 12º ano, o valor das propinas no ensino superior público era de 6 (seis) euros/ano. A primeira parte é um erro flagrante. O sistema de admissão era feito por notas, e respeitando o limite de vagas por curso. Eu que o diga, que pus como primeira opção História da Arte, desejando febrilmente que a nota não desse, para poder ir para Comunicação Social...
Somos o país do esquema e da desvalorização do mérito? Somos. Era seguramente isso que Alberto Carvalho tinha em mente. Usou, contudo, um exemplo falso.
3 comentários:
E ca estou eu meu caro que por 0,15 centésimas nao entrei em Comunicação Social (a nota mais baixa de entrada foi nesse ano de 14,30) e fui para uma privada. O que nao lamento absolutamente nada...a nao ser a nota preta que la tive que deixar...mas como me saiu do meu bolso...
Para entrar por exemplo na Sorbonne nao existem "Numerus clausus" como tu sabes. Em França todo o povo que quiser ir para a Faculdade vai !
Em Portugal tristemente isso nao acontece.
Certamente o Mr Carvalho também nao conseguiu entrar para onde queria e emigrou para estudar. Sorte a dele : )
0,15 décimas, I mean : )
se é 0,15 não é décimas nem centésimas...
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