La pluie - Van Gogh (Philadelphia Museum of Art)
Eu sou
a menina
Gotinha de Água,
gotinha azul
do Mar
que foi
nuvem
no ar,
chuva
abençoada,
fonte
a cantar,
ribeiro
a saltar,
rio
a correr,
e que volta
à sua casa
no Mar
onde vai
descansar,
dormir
e sonhar
antes que
de novo
torne a ser
nuvem no ar,
chuva
abençoada,
fonte
a brotar,
ribeiro
a saltar,
rio
a correr
e Mar
uma vez mais.
a menina
Gotinha de Água,
gotinha azul
do Mar
que foi
nuvem
no ar,
chuva
abençoada,
fonte
a cantar,
ribeiro
a saltar,
rio
a correr,
e que volta
à sua casa
no Mar
onde vai
descansar,
dormir
e sonhar
antes que
de novo
torne a ser
nuvem no ar,
chuva
abençoada,
fonte
a brotar,
ribeiro
a saltar,
rio
a correr
e Mar
uma vez mais.
Repete-se apenas o final do célebre texto A menina gotinha de água, de Papiniano Carlos (v. texto completo aqui). Partiu ontem, num dia de chuva, assim como o de Van Gogh, deixando atrás de si um importante legado literário. E, uma vez mais, fala-se de alguém com um percurso solidário e politicamente coerente. A menina gotinha de água foi um dos mais belos textos que li na infância. Talvez em 1972, na 3ª classe. O ritmo saltitante das palavras, a simplicidade e a música do texto fizeram com que nunca mais o esquecesse. Bom, admito que esse foi um motivo. O outro foi que gostei tanto do livro que retive a sua devolução à Profª. Jacinta, acabando por o perder. Falta que me foi relevada, mas que me tirou o sono um par de noites...
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