Isto foi dito ontem, numa Assembleia Municipal, algures no Alentejo. Deixo o desafio de se dizer onde e qual o partido da vereadora que o disse.
É improvável que uma pessoa cheia de fome tenha como primeira preocupação ler Camões. Mas aquela afirmação é das piores que já tenho lido. Porque coisifica o Ser Humano e o transforma num conjunto de necessidades básicas. De acordo com este brilhante raciocínio, os países pobres e mais carenciados nunca poderiam produzir Cultura.
Satisfaçam-se necessidades básicas, a todos os níveis. Cito o célebre Decreto-Lei n.° 27 279, de 1936: «O ensino primário elementar trairia a sua missão se continuasse a sobrepor um estéril enciclopedismo racionalista, fatal para a saúde moral e física da criança, ao ideal prático e cristão de ensinar bem a ler, escrever e contar e a exercer as virtudes morais e um vivo amor a Portugal". Era ministro da Educação Carneiro Pacheco. Era presidente do conselho Oliveira Salazar. É preciso dizer mais?
Leia-se:
http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1223915576N2uIW7kz6Wc55GA7.pdf
Do fotógrafo lituano Balys Buračas (1897 - 1972):
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