terça-feira, 20 de outubro de 2009

GESTÃO: O NOVO FASCISMO

O artigo termina assim: "Cada vez mais as empresas são exemplo de uma prática ditatorial, esmagadora das liberdades, da crítica, da expressão e dos indivíduos que, se acontecesse cá fora, na rua, no espaço público, todos julgaríamos inaceitáveis. Dentro da empresa, em nome da competitividade ou por medo do desemprego, aceitamos o fascismo". É um texto de José Vítor Malheiros, que saiu hoje na página 29 do Público.
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O mote é dado pelo caso da France Telecom. O artigo é importante, devia ser fotocopiado aos milhares e só por ele valeu a pena comprar o jornal.

7 comentários:

Alexandre disse...

Não foi o JVM que foi "despedido" do Público, passando a integrar a famigerada família dos avençados?

O artigo barra alegoria que escreveu no mesmo Público, no Day After, também é de antologia.

Helena Romana disse...

O tema é antigo, infelizmente, cada vez mais contemporâneo. Apenas se evolui no palavreado termos como, flexibilidade, adaptabilidade, auto-avaliação, mobilidade, tão bem empregues hoje em nome da competitividade, mascaram a realidade vivida e sentida pelos trabalhadores (agora colaboradores) que vêm os direitos adquiridos desaparecerem a cada dia que passa.

Santiago Macias disse...

Exactamente, caros Alexandre e Lena!

Maria Gustava Prazeres e Morais disse...

Não nos podemos também esquecer das obrigações dos trabalhadores. Eu para poder exercer a minha profissão tenho que trabalhar 10 ou mais horas por dia. Cumpro com as minhas obrigações legais, cívicas e tributárias. Vejo por todo o país, especialmente na função pública, o "desapego" com que se encara o trabalho (O meu horário termina às 17h). Considero ofensivo que se considerem os funcionários públicos como mal pagos e se exija 4,5% de aumento num ano em que a inflação é negativa. Mais ainda, pensem nas pessoas que conhecem que supostamente entram às 9h saiem às 17h30 e fazem pausas para: fumar cigarros, ver o jornal, falar com o colega do lado, atender o telefone particular, tomar um cafezinho, ver os emails pessoais, “navegar na internet” e mesmo até estar no local de trabalho a ler o jornal ou ver uma revista (uma vez que a maior parte das revistas que vejo neste locais são para ser vistas e não lidas), quantas horas trabalham efectivamente por dia? Só se podem exigir direitos quando se cumprem obrigações. Claro que há excepções, mas acho mesmo que são excepções. Não considerem isto como um ataque à função pública, o mesmo acontece em empresas privadas, mas com essas posso eu bem.

Anónimo disse...

...mas o "Patrão" carrasco não são os empresarios é o estado esse é que explora sem regras os empresários e os seus trabalhadores, porque apartir de dia 1 de Janeiro até do subsidio de alimentação vai ser tributádo. É esse que estimula ao trabalho percário nos seus quadros e projudica as empresas por contratarem. É esse que paga a quem nada faz e tira a quem trabalha. Isto não é fascismo é ausencia de capacidade...ter dinheiro para os salarios dos grandes administradores à custa do esforço de quem se esforça...isto é falta de inteligencia...

Santiago Macias disse...

Como funcionário público que sou, e tenho honra em o ser, não me revejo na crítica generalizada (e, por isso, abusiva e injusta) que se faz aos servidores do Estado.

Maria Gustava Prazeres e Morais disse...

Caro Santiago:
Mas não se considerando, nem eu o considero, o que lhe peço é que reflita e pense em quantos conhece?
Depois veja se a justiça social não implicaria também uma chamada de responsabilização a quem é merecido?
Quantos processos disciplinares são abertos na função pública por ano? E especialmente nas autarquias?
São os funcionários públicos mais responsáveis (em percentagem) do que os restantes trabalhadores no país?