Con estas manos hechas para ti
quiero
uno a uno tocar
los instrumentos de tu cuerpo
al palparte
me salen tonos
partituras
música en fin
de todas partes
se precisa un golpe
de batuta
para tocarte sin desafinar
estás llena de violines
en ti los pájaros ensayan
sus últimas canciones
en ti debuta una alta fidelidad
que termina
entre mis dedos
haciéndote fraterna
amo tus instrumentos
cuando me inundas de sonidos
cuando tu cuerpo me nombra
el músico más grande
que nadie se sienta herido
– ni bach ni beethoven
ni los trompetistas del juicio final –
eres un concierto
que sólo yo puedo tocar.
Tomás Castro Burdiez
Admito que seja um pouco maldoso associar o nome e o tenebrismo de José Ribera (1591-1652) à sensualidade de Tomás Castro (n. 1959). Ribera surgiu-me neste dia em que tanto pensei numa ribeira... E a sua Maria Madalena não fica mal com estas palavras...
3 comentários:
Tomás Castro Burdiez?? Não conhecia. Muito sensual! Alias como tantos outros poemas que pela Av. têm passado.
Obrigado pela partilha
A propósito do tema em análise, talvez um dos "Martírios" de José de Ribera fosse mais adequado... :>
Monsieur Le Frontier, olhe que não, olhe que não...
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