Foi o Afeganistão e mais o Iraque. Depois o Egito. A seguir a Tunísia. Depois a Líbia. A agitação prossegue na Síria, um terreno mais difícil. E começa a desenhar-se a ameaça sobre o Irão.
Muitos já terão esquecido o episódio, mas em 1998 Bill Clinton mandou bombardear uma fábrica de produtos farmacêuticos em al-Shifa, porque os serviços secretos o tinham convencido que ali se preparavam químicos perigosos. Uma parte gaga muitas vezes repetida.
Regimes corruptos, mantidos com a ajuda ocidental, tornam-se indesejáveis? Removam-se os indesejáveis e substituam-se por democratas. Como Ahmad Chalabi, que fez tantas que teve de ser removido e posto de quarentena. Regressou depois, com o apoio dos americanos. Ou como Karzai, funcionário de uma petrolífera. As perspetivas são hoje melhores e mais seguras no norte de África e no Médio Oriente? Não parece nada, mas posso estar a ver mal o problema. Bashar al-Assad, que não é bem um menino de coro, avisou na passada semana que uma intervenção militar contra a Síria poderia causar um novo Afeganistão. Ninguém ligou muito às declarações.
Entretanto, o Egito e a Tunísia quase desapareceram dos noticiários. Tenho a leve desconfiança que quando voltarem a aparecer não será por boas razões...
Parafraseando Predrag Matvejevitch, esta história ainda está a ser escrita. E há-de ser lida um dia.
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