A exposição intitula-se 12-12-12 e é um retrato de um país escondido, e ignorado pela maioria. São 12 fotógrafos, que trabalham entre o documental e panfletário. É a imagem do Portugal que foi/fomos, num passo, da quase arrogância de novo-rico a um regresso ao passado. Passe-se pelas Galveias (até dia 12 de janeiro) e contrastem-se as fotografias com o texto do Pedro Rosa Mendes Portugal - finis terræ, acabado de sair na Ler, e que devia ser, durante as próximas semanas, de leitura e discussão obrigatória nas escolas. Um excerto:
A "crise" actual é também o ponto de chegada de uma geração de portugueses amamentados numa modernidade "chave-na-mão" por líderes que, em troca de uma cultura do conforto e do facilitismo, alimentada por um nível generoso de consumo, concedeu aos nossos dirigentes o direito à infantilização do eleitorado. Na derrocada portuguesa, não haveria Passos Coelho sem José Sócrates. A verdade, para falar mais simples, é que o país de Salazar não morreu com ele.
1 comentário:
Devia ser obrigatório uma semana sem televisão para todos aqueles que ainda têm neurónios pensantes lerem e meditarem no manifesto finis terrae.
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