Fui ontem surpreendido pela visita de um jovem colega, Rui Manuel Gusmão Monge Soares, que me veio entregar um exemplar da sua dissertação de mestrado (O Cabeço Redondo - um edifício da Idade do Ferro pós-orientalizante na Herdade do Metum - Moura), recentemente defendida, com brilhantismo, na Faculdade de Letras de Lisboa. O tema está algo distante dos meus interesses cronológicos, mas o sítio de Cabeço Redondo está ligado a uma parte do meu percurso na Câmara de Moura. Visitei o local, em 1990, depois da sua destruição e poucos meses antes de rumar a Mértola. Na altura recolheu-se o que foi possível. Recordo, em particular, um elevado número de ânforas púnicas. Grande parte da informação perdeu-se, mais tarde, por razões que nunca consegui clarificar. O tema do Cabeço Redondo foi retomado, muitos anos depois, pelo Rui. Que o tomou como study case. Um estudo exemplar e de grande rigor metodológico, que é mais uma peça a sublinhar a extraordinária importância patrimonial do concelho de Moura. O Rui Monge Soares irá abalançar-se, decerto, para o doutoramento. O caminho está aberto. Em todos os sentidos.
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