Comemoras o dia
da solidão As palavras
serão esquecidas ou apenas
as temerás mais uma vez e
partirás para um lugar
onde julgas poder sentir o mundo
pulsar na tua pele
afinal imortal Nos olhos
passará o filme aquoso
do que viveste Viverias
de novo esse presente obscuro
tão futuro Já então
por vezes confundias o teu corpo
com o ar ou a água e entregavas
à sua transparência
a paixão
Mas o fogo e a terra são mais
densos Geram víboras
na tarde
da solidão As palavras
serão esquecidas ou apenas
as temerás mais uma vez e
partirás para um lugar
onde julgas poder sentir o mundo
pulsar na tua pele
afinal imortal Nos olhos
passará o filme aquoso
do que viveste Viverias
de novo esse presente obscuro
tão futuro Já então
por vezes confundias o teu corpo
com o ar ou a água e entregavas
à sua transparência
a paixão
Mas o fogo e a terra são mais
densos Geram víboras
na tarde
O poema de Gastão Cruz tem sobretudo a ver com o momento da passagem. Tal como os navios mercantes holandeses, pintados num outro estreito, que não o de Gibraltar, por Heerman Witmont (1605-1684).
Décimo e derradeiro capítulo da talassoterapia. Pensado para terminar quando começa a primavera. A partir de agora chegam, de verdade, a luz e o mar.
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