Lenta, descansa a onda que a maré deixa.
Pesada cede. Tudo é sossegado. Só o que é de homem se ouve.
Cresce a vinda da lua.
Nesta hora, Lídia ou Neera ou Cloé
Qualquer de vós me é estranha, que me inclino
Para o segredo dito
Pelo silêncio incerto.
Tomo nas mãos, como caveira, ou chave,
De supérfluo sepulcro, o meu destino,
E ignaro o aborreço Sem coração que o sinta.
Uma onda azul, um poema em tons de azul. Ondas portuguesas, por Noronha da Costa e por Ricardo Reis. A tela é de 1988 e intitula-se "Do Subnaturalismo ao Sobrenaturalismo" (Pintura Fria). O poema é de 1927. Só não acho a pintura fria. Um pouco triste, talvez.
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