Camões lendo "Os Lusíadas" aos Frades de São Domingos, tela de António Carneiro (1872-1930), datada de 1927. A poesia está presente no nosso quotidiano, nesta Pátria de poetas que somos. Recentemente, um município alentejano (é irrelevante referir qual) tornou público um despacho sobre a jornada de trabalho contínua. O texto é relevante. Além da jornada contínua, temos direito a poesia contínua. Aqui vos deixo alguns excertos:
Recorrentemente,
vem à liça a temática do tempo de trabalho por iniciativa de um
vasto conjunto de trabalhadores (…), concretamente no que respeita
à adoção da modalidade de horário de trabalho em jornada
contínua, nos meses de verão.
Sustentam
o requerido, razões de ordem climática e de assiduidade aos
serviços por banda dos utentes, especialmente no período da tarde.
Esta
linha de raciocínio leva-nos a priorizar os justos anseios dos
nossos colaboradores, sobretudo quando os mesmos estão alicerçados
em razões empiricamente demonstradas.
Não
obstante, sendo certo, como é, de que na fixação de horários de
trabalho, deve ter-se em atenção os interesses dos utentes e de que
o público alvo é diversificado em função dos serviços que
prestamos, importa estabelecer exceções, sem prejuízo da sua
reapreciação, num futuro próximo.
O
presente despacho é válido para o corrente ano e produz efeitos no
dia 15 de junho.
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