Intriga, ciúme e morte. Ao rever o "Othello", de Orson Welles, revi a tela de António Muñoz Degraín (1840-1924), pintada em 1880. Pertence ao Museu Nacional de Arte Contemporânea e pode ser vista na exposição temporária do Museu Nacional de Arte Antiga.
Voltarei amanhã a este tema.
No site da DGPC:
Em finais do século XIX, precisamente em 1881, numa altura de grande aproximação cultural com Espanha, o 2º Visconde Soares Franco adquire esta obra, uma das mais significativas do autor, e faz a sua doação ao Estado, à Academia Real de Belas-Artes de Lisboa. Em 1912, um ano após a fundação do MNAC, a pintura integra a sua coleção, após a divisão do Museu Nacional de Belas-Artes e Arqueologia.”
Inspirada na peça Otelo, de William Shakespeare (c. 1603), esta pintura (raramente apresentada, devido à exiguidade de espaço do MNAC e por se valorizar a exposição de artistas nacionais), tece fortes relações com a literatura, a história e os conceitos estéticos da época. Em 1882, a Companhia Rosas e Brasão, leva-a à cena no Teatro D. Maria II, com enorme sucesso, destacando-se então as inovadoras propostas e a participação do cenógrafo Luigi Manini (1848-1936).
Pode, assim, afirmar-se, como salienta Maria de Aires Silveira, que “Muñoz Degrain sublinha um importante cruzamento de interesses, a partir de uma história verídica de paixão, do século XVI, com desfecho fatal, encenada, pintada e exibida em palco, desde o século XVII ao XIX.”
Pode, assim, afirmar-se, como salienta Maria de Aires Silveira, que “Muñoz Degrain sublinha um importante cruzamento de interesses, a partir de uma história verídica de paixão, do século XVI, com desfecho fatal, encenada, pintada e exibida em palco, desde o século XVII ao XIX.”
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