O dia foi há cinco anos. Precisamente hoje, precisamente cinco anos. Era também uma sexta-feira.
Estarás cá sempre.
Estarás na última noite da feira, quando se juntava o grupo todo, até os fiscais nos porem na rua.
Estarás sempre, quando passa na televisão "A canção de Lisboa". Havia alturas animadas em que cantavas o fado do estudante. E não sei o que fiz à gravação daquela tarde de verão, há já cerca de 10 anos.
Estarás cá sempre, na recordação de muitas (mesmo muitas) conversas pessoais, tidas ao longo de mais de 30 anos. A tua família estava sempre nessas conversas.
Estarás cá sempre, quando me cruzo com algumas pessoas em Moura e me recordo dos teus comentários sardónicos. Nessas alturas, dá-me uma terrível vontade de rir e só por me lembrar que já cá não estás é que as coisas perdem a graça.
Estarás sempre, quando me lembro - e lembro-me muitas vezes - dos telefonemas curtos lá na Câmara "não te vás embora sem falares comigo; há aqui coisas para assinares".
Raios partam isto, José Francisco...
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