sexta-feira, 3 de outubro de 2025

DEIXAR DE SER PRESIDENTE DA CÂMARA

Deixar de ser presidente da câmara é, para alguns, um verdadeiro drama. Desaparece a notoriedade, deixar da haver convites e solicitações, os jornais e as rádios já não querem saber deles, adeus aos wine parties e aos sunsets... Pior, muito pior, o salário baixa - nalguns caso baixa mesmo muito... - e passa-se à situação de "cidadão comum". Como se diz na nossa terra "é só fezes".

Deixar este transitório "trono" é, para alguns, uma pequena tragédia. Daí o destempero com que algumas pessoas (re)agem em tempos de campanha. Chega a ser triste. E 2017 e 2017 e 2017 e a Lógica e a Lógica e a Lógica. E as dívidas e as dívidas... Um esbracejar de quem se afoga.

Confesso publicamente o que muitos amigos sabem: a única coisa que estranhei no dia em que deixei a presidência, foi o súbito silêncio do telemóvel. Nada mais. Tinha uma carreira, que continuei, na minha área profissional. Depois de uma brevíssima "travessia do deserto", em 2018, retomei em pleno. Até hoje. No Panteão Nacional, na Universidade, em diversas outras missões.

O José Maria Pós-de-Mina, um excelente autarca, tinha uma carreira profissional reconhecida, que continuou. O André Linhas Roxas, um homem íntegro e competente, não precisa da política para viver ou para ter reconhecimento. A diferença está em muitas outras coisas, mas também está aí.

Há quem, no dia 12 de outubro, vá deixar de ser presidente da câmara e isso seja quase um apocalipse. É a vida...

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