Ainda o solstício, numa versão desencantada, a de Botho Strauss (n. 1944). A peça estreou em janeiro de 1985 e fomos, entusiasticamente, aconselhados a ir vê-la pelo nosso professor de Arte Contemporânea. O parque baseava-se em Shakespeare, mas aquela noite de verão "transforma a 'louca jornada' de Titânia e Oberon, deuses doutro tempo e da peça de Shakespeare, num crudelíssimo retrato do nosso tempo" (Luís Miguel Cintra). Eunice Muñoz e Gilberto Gonçalves deram corpo ao par. Uma noite sem esperança e marcada pela amargura e pelo desencanto. Botho Strauss falava do mundo contemporâneo e previa o futuro...
Foi, talvez, a mais extraodinária peça teatral a que assisti. E de que me lembro agora, nesta noite de S. João.
Sobre o Teatro da Cornucópia: http://www.teatro-cornucopia.pt/htmls/home.shtml
Sem comentários:
Enviar um comentário