A expressão "tachista" era muito comum em Portugal, na época marcelista. Referia-se aos membros da oligarquia do regime, que acumulavam cargo sobre cargo.
Essa imagem do passado regressou quando soube que o Conde da Anadia, aka Miguel Pais do Amaral, acumula 73 lugares em administrações várias. Fazendo contas, e esperando estar dentro do espírito do novo Código do Trabalho:
Se MPA trabalhar 35 horas por semana (7x5) dá uns 29 minutitos por empresa/semana;
Se MPA der o litro numas 60 horas por semana (12x5) a coisa passa para 49 minutos/semana.
Um milagre de eficiência e de racionalização, tá a ouvir, Álvaro?
Não se contabilizam as horas no bridge, no golfe e nas corridas de carros, que também são trabalho.
É por essas e por outras que o desemprego entre os administradores de empresas é a desgraça que é...
Miguel Pais do Amaral festejando o 40º tacho. Ainda faltavam 33.
4 comentários:
Bem se os politicos têm bons vencimentos e reformas ao fim de uns mandatos, porque o exercer dos cargos é muito desgastante... eu tenho imensa pena deste sr, coitado, pelas suas contas que são perfeitas, estes minutos devem ser estonteantes e de uma adrenelina no maximo. Agora nos centros de saúde os utentes que tenham a sorte de arranjar uma consulta só têm direito a um maximo de 15 minutos e só podem falar de uma doença/queixa, porque se tiverem duas queixas o médico só ouve a primeira e a outra tem de ficar para uma próxima (têm de ponderar muito bem qual a mais grave)...
Ora tasse memo a veri... que este sistema foi o MPA que aconselhou o ministro/gestor da saúde, não?
Pois, quanto à última pergunta não sei...
Mas olhe uma coisa, Tambor de Domingo, essa dos políticos terem tempo de serviço a dobrar e direito à reforma "já foi". Desde 2005 que a lei mudou e isso acabou.
Belo ano esse 2005...
Foi pois.
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