Tarde em volta de documentação mourense. No meio do Tombo da Vila deparo com este trabalho do escriba desenhador. Momento de inspiração? Forma de vencer o tédio do repetitivo linguajar burocrático? Vá lá uma pessoa saber... Eu, que nunca estudei estes temas, não sei.
Um pouco melhor do que isso foi a leitura da sentença para se alargar a praça da vila, datada de 1575. Dizia-se do largo principal de Moura que "era tão estreita que parecia mais rua que praça". Não estiveram com meias medidas. Encetou-se um plano de demolição de casas, de forma a que o espaço fosse alargado "pera ornamento e nobreza da terra". Está tudo no fólio 201 do tomo II.
Por estes dias, navegando entre Cila e Caríbdis, o refúgio na documentação é uma esperança. Por agora vemos poucas luzes na explicação escrita da história medieval do castelo de Moura. Haverá que encontrar resposta noutros caminhos.
1 comentário:
No decorrer da pesquisa continua sobre a toponimia da cidade encontrei no Tombo da Misericórdia a "Rua Antão de Oliveira" que possivelmente deve ter sido alguma das que foi demolida para construção das mulharas modernas. O que tem Antão de Oliveira a ver com o Castelo? Até agora não consegui nada de mais concreto, apenas que a Antão de Oliveira foi concedida por D.João II uma carta de padroado e uma tença anual de 5 moios na Vila de Moura no ano de 1486. Antão de Oliveira era especialista em reparação/construção de alcaçovas e muralhas, segundo consta num documento sobre o Castelo de Torres Vedras. Para ter um arruamento com o seu nome terá Antão de Oliveira permanecido algum tempo na Vila de Moura e gozado de alguma influência.
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