Na Tróia, como se diz aqui no Alentejo. Não em Tróia. Porque "a" tróia é uma armação de pesca. Disse-o o Prof. Jorge de Alarcão, porque é preciso conhecer o português antigo e ser um erudito para se chegar ao que é, afinal, mais que óbvio. Mas só é óbvio depois, como o ovo de Colombo... Nem Helena, nem Aquiles, nem Páris, nem sequer Schliemann.
Sábado foi dia de regresso a esse sítio amado. Uma visita privilegiada, com um regresso à basílica, que é um dos meus monumentos preferidos da nossa Pátria. Com as pinturas e com aquela arquitetura de improviso que previa o que viria a ser a alma portuguesa. A estação arqueológica aguarda por uma merecida reabilitação. Aqui podemos, com toda a propriedade dizer, "noutros sítios isto não estaria assim esquecido".
Ao fim da tarde, e longe da sala-fechada-onde-se-discutiam-coisas, um céu silencioso cobria Tróia. Do azul se passou à chuva, em pouco tempo. O Sado e o Atlântico ficaram depois para trás, à medida que se mergulhava na noite, Alentejo dentro.
Sem comentários:
Enviar um comentário