sexta-feira, 8 de abril de 2016

VIVA GREENAWAY!

Logo eu havia de gostar tanto deste filme. Logo eu, porque os meus amigos me etiquetam de "espartano" ("franciscano", nas versões mais radicais). Logo eu, porque este filme extraordinário evoca tudo menos austeridade. Os livros de Próspero, filme que já aqui passou há mais de quatro anos, é um exercício sofisticado e barroco. Usaria a palavra "luxúria" se não fosse banal. Este filme lembra pouco o que normalmente encontramos nos cinemas. Ainda bem, porque a sétima arte comercial se converteu num prostíbulo de mau gosto...

Peter Greenaway é um cineasta amante de pintura. Ele próprio pinta e é autor instalações. Notam-se esse gosto e essa formação em cada imagem do filme. Eis como a palavra e a poesia se tornam cinema, nesta escolha cinéfila da semana.

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