O regresso à vida civil teve destas coisas: mergulhei no caos do gabinete e dediquei-me, caótica e furiosamente, à escrita. Primeiro passo, um livro sobre a Mouraria de Moura. O primeiro rascunho está terminado. O segundo irá incorporar dados sobre o estatuto sócio-económico da minoria muçulmana na Baixa Idade Média. Sairá sempre, num ou noutro formato, de um ou de outro modo. Segundo, um ensaio, a publicar em língua inglesa, sobre os maqabir. Hard stuff, como diz uma amiga minha que está na Holanda. Se é. A aridez do assunto tem sido compensada pela necessidade de dar uma perspetiva antropológica à escrita. Terceiro, um estudo sobre urbanismo do século XVI. É uma quase-ucronia, no sentido filosófico do termo. Mete fotografia, leitura de sítios e drones... Como os trabalhos avançam todos num ritmo descontínuo, decidi lançar-me num quarto tema: o da releitura, sob a forma de crónicas, destes 12 anos de vida autárquica. Serão cerca de 150 textos. À razão de dois por dia. Os primeiros quatro já lá vão. Término do trabalho? Final de março de 2018. Edição de autor, 100 exemplares, por aí.
Nota pessoal: em recargas de tinta permanente, isto está a ser uma ruína...
1 comentário:
boa sorte para esse trabalho e partilha de experiencias de vida :)
feliz Natal e boas festas
Angela
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