O meu interesse no tema é antigo. Mas o estudo do rito funerário islâmico ganhou um novo alento há uns anos, em Bamako, no Mali. Onde se conserva esta lápide funerária. Provém
da necrópole de Sané, em Gao. Poderá datar do século XII ou XIII d.C. O
facto espantoso é ter sido importada da região de Almeria, no sul de
Espanha. Que fica a 2300 km. Que a classe superior de Gao mandasse
esculpir essas lápides a tal distância diz bem do prestígio dos ateliês
andaluzes e diz bem da pujança do comércio entre o Mediterrâneo e as
regiões sub-saarianas.
Há publicações assim, a preços impensáveis. Uma das editoras mais inacessíveis desta vida profissional é a italiana L'Erma di Bretschneider. Os livros são todos muito caros. Mas a coleção (em 180 e-books) sobre arqueologia romana custa 25.152,00 €. Isso, vinte e cinco mil.
Noutro registo estão as publicações da Dumbarton Oaks. De extraordinária qualidade, são vendidas a preços mais decentes. Aqui, o fator decisivo é a rapidez. Numa consulta ao catálogo é frequente encontramos a expressão out of print. A palavra reedição não consta nos dicionários de Harvard. Não compraram? Tivessem comprado.
Ver:
http://www.lerma.it/
https://www.doaks.org/research/publications
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