Andy Warhol nasceu em 1928, Zeca Afonso um ano mais tarde. Marcaram, ambos, a minha juventude.
Zeca foi, a partir do momento em que comprei "Cantigas do Maio" (em 1978, talvez), uma companhia e uma descoberta permanentes. Lembro-me de o ver atuar em Moura, em 1981, onde foi cantar, com uma generosidade sem limites, sem cobrar um tostão. Havia tempos em que era assim. Hoje já não é assim.
Andy Warhol foi, antes de eu saber o que era a Pop Art, o protagonista de uma fascinante entrevista publicada na revista "Cinema 15". Isso foi em 1976 ou em 1977. Só recordo, a esta distância, uma frase. Mas essa foi decisiva: "a televisão não é arte; a televisão são pessoas a olhar para outras pessoas". A paixão pelo cinema continua. A televisão é uma caixa com pessoas.
Dois homens, dois destinos. Dois génios do século passado.
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