Nem o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, nem o Presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, estarão presentes no funeral de José Saramago.
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É caso para dizer que nem sempre as altas individualidades estão à altura das circunstâncias.
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7 comentários:
eu tanbem não ...
Diria mais: Há indivíduos que não estão à altura dos grandes Homens.
Até sempre José Saramago...
e não fosse o Saramago ...comunista português.
Saramago também não o quereria lá!
E seria sempre uma chatice explicar ao eleitorado mais conservador, que o apoia, a sua presença no funeral de um grande escritor e pensador que passou a vida a questionar e a procurar sinais da existência de um Deus - tal como a Igreja Católica o concebe - mas que, ao invés, só encontrou razões para acreditar que cabe ao Homem a assunção da responsabilidade última sobre aquilo que designa por Bem ou por Mal. Assim como deve haver o devido respeito pela religião de cada um, o respeito pelo livre pensamento de quem não acredita em nenhum ser supremo, também deve estar assegurado.
O Exm.º Senhor Presidente da República, enquanto principal garante da nossa lei fundamental, deve estar mais atento ao artigo 13ºda Constituição. Entre outras coisas, é para isso que está eleito.
Aos que gostam de Saramago, aos que não gostam e aos que, como eu, gostam de umas coisas e de outras nem tanto, recomendo dois textos de Zapatero (sim, o PM de Espanha) publicados no El País de 6ª e sábado passados. Aqui um excerto, já traduzido, do violento manifesto anti-vaticano com que Zapatero reagiu à notícia do Osservatore Romano:
"L'Osservatore Romano, de hoje, revela-se um pasquim à altura do ódio que medra por entre velas com odor a incenso. É a imagem do que a Igreja católica ainda seria capaz, se mantivesse o poder temporal e se os Estados não tivessem domado a vocação despótica do clero romano"
Semelhanças com as declarações de alguns dos nossos colunáveis filisteus? Dão-se alvíssaras.
JCL
O Saramago também não queria vir para cá.
Aldeano
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