Termina hoje a Volta a Portugal. Vai à frente Ricardo Mestre. Não sei quem é, porque a Volta já não me desperta o interesse de outrora. Um dos grandes momentos da história da prova (na parte que me recordo, bem entendido) foi o duelo Joaquim Agostinho-Fernando Mendes. Não era exatamente um duelo, na medida que que Agostinho ganhou todas as voltas em que teve Mendes como rival. Este venceu em 1974, mas sem concorrência à altura. O ciclista de Brejenjas não participou em 74, depois do escândalo Ritalin, ocorrido no ano anterior. Os que começam a ir para velhos, como eu, lembram-se bem disso.
A Volta deste ano, que já quase esquecera, entrou-me casa dentro, à hora do calor, com um programa televisivo. A pretexto do ciclismo mostra-se a nossa cultura. Ou o que a tv nos diz ser a nossa cultura. Representada por João Baião, seguido por um grupo de majorettes, todos dançando em estilo discoteca a Senhora do Almortão, uma das mais belas músicas do nosso cancioneiro, assim chacinada sem dó nem piedade. Um momento lamentável, a roçar a obscenidade. Desliguei o aparelho e desliguei da Volta. Talvez amanhã veja no jornal quem ganhou.
1 comentário:
Tás enganado Santiago, não foi a Volta mas sim a Meia Volta.
Enviar um comentário