quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

MOURA INVISÍVEL



Em 5 de novembro de 2012 escrevi o seguinte neste blogue:

"(...) Existem no arquivo da Câmara de Moura projetos que se converteram, com o passar dos anos, em verdadeiras curiosidades. Como uma proposta de urbanização, concebida no final dos anos 30, para os terrenos onde hoje se encontra a Escola Secundária. Ao estilo da época, e bem na senda do conceito fascista de cidade, alamedas e avenidas (a Doutor Oliveira Salazar terminava na Praça General Carmona) cruzam-se, num desenho fora da escala de Moura.

Em tempos lancei o desafio no Departamento Técnico no sentido de se fazer um estudo sobre a cidade invisível e sobre os projetos que nunca se concretizaram. Pode ser que um dia alguém pegue no tema."

Há uns meses recebi um pedido de reunião, da parte de um muito jovem arquiteto, João Catarrunas. Queria saber se o autorizava a pegar no tema. Não pensei duas vezes. Disponibilizei toda a informação que tinha e dei indicação para se apoiar o arq. João Catarrunas nesta sua empresa. Em 2017 haverá exposição e catálogo sobre a cidade que nunca existiu.

Em jeito de amuse-gueules aqui vai um plano, de 1960, para o Largo José Maria dos Santos. Nunca foi concretizado. Era seu autor o arquiteto paisagista Albano da Cunha Leal Frazão Castelo Branco (n. 1927). Repare-se no detalhe de um espaço cuja organização e utilização obedecia a uma lógica etária.

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