Um dos aspetos mais divertidos na política pátria é o ritmo das visitas dos membros do governo às autarquias. É um dos textos do livro, em fase de revisão, sobre a experiência na Câmara de Moura. Dele retiro o excerto que se segue.
Em quatro anos convidei a vir a Moura:
* Um ministro para a inauguração de uma feira. Não teve agenda, mas rapidamente arranjou várias, e tem vindo aqui amiúde, a seguir a outubro de 2017;
* Um secretário de estado, que disse que gostava de visitar Moura, depois foi convidado cinco vezes, e que nunca teve a boa educação de responder;
* Um secretário de estado com quem tinha uma matéria importante a discutir, que não pôde vir, que marcou uma reunião comigo em Lisboa e depois enviou uma assessora maleducadíssima ter comigo. Despachei a reunião em cinco minutos e saí porta fora...
A única visita digna desse nome foi a da Secretária de Estado do Turismo, já no ocaso do mandato. Essa sim, valeu a pena, porque se assinou um documento importante, o da integração do Convento do Carmo no programa REVIVE.
Convites só porque sim ou reuniões com sexas só para fotografias, nem pensar. A minha atitude nem sempre foi bem aceite, mas o estilo pavão não era, nem é, bem o meu.
(os secretários de estado acima mencionados já foram à vida; os assuntos resolveram-se...)
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