Um velho amigo dizia-me, em tempos "é que enquanto o Sorolla pintava os meninos de rabinho ao léu na praia, Picasso estava a terminar as Demoiselles d'Avignon...". Admito que sim, mas Joquín Sorolla não pintava mal. Tem facetas absolutamente conservadoras e recorre, muitas vezes, a um tipicismo reacionário que antecipa o pior academismo ibérico franquista e salazarista.
Uma coisa é certa: a exposição patente no Museu Nacional de Arte Antiga está a ser um colossal sucesso de público. Constatei-o hoje de manhã, antes de uma reunião com um dos conservadores da casa.
Numa rápida passagem pelo “Terra Adentro – A Espanha de Joaquín Sorolla” reparei em duas ou três obras, que me vão obrigar a nova deslocação. Comentava alguém, sardónico e conhecedor de pintura "ele, quando pintava menos, pintava melhor". Uma das velas levou-me direitinho a uma fotografia que José Manuel Rodrigues fez em Moura, há quase 20 anos.
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