Diz o meu amigo José Lopes Guerreiro que mudei de opinião em relação à tutela do Museu de Beja. Não é exatamente assim. Defendi, de facto e no início de 2014, a passagem gradual do museu para a Câmara Municipal. Era uma solução infinitamente melhor que a da integração na CIMBAL. Em relação a isso, não mudei de opinião. O que não se colocava em 2014 como hipótese era a integração no Ministério da Cultura. E se essa possibilidade se tivesse colocado, seria a que teria defendido. Não houve, portanto, mudança de opinião. Mas sim um reajustamento face a uma nova situação.
O que, em caso algum, poderia acontecer era a manutenção deste estado de coisas. Ou Câmara Municipal ou Ministério. Uma coisa é, para mim, certa. A passagem deste museu, um sítio extraordinário e de nível nacional, para o Ministério não pode representar a demissão da cidade e da região face ao futuro da instituição.
O Museu de Beja é apenas mais um? Não creio que assim seja, e com o património que tem não o pode ser.
Os museus nacionais estão imobilizados e sem futuro? Não me parece, sinceramente. Veja-se a programação nos seguintes sites:
Museu Nacional de Arqueologia - http://www.museunacionalarqueologia.gov.pt
Museu Nacional de Machado de Castro - http://www.museumachadocastro.gov.pt
Museu Nacional Grão Vasco - http://www.museunacionalgraovasco.gov.pt
Para Beja, recorde-se uma coisa:
Haverá dois museus nacionais a sul do Tejo, e um fica nesta cidade.
E reivindique-se outra. Que caia o nome de regional e que passe a ser Museu Nacional Rainha D. Leonor ou Museu de Beja.
Sem comentários:
Enviar um comentário