Tenho seguido, com gáudio, as múltiplas opiniões sobre a iminente entrada dos comunistas no governo, o regresso do PREC, o caos, a ruína, o terror bolchevique etc. Estas coisas só servem para dar um modo de vida a um par de "comentadores" e "analistas" que vivem disso mesmo, do "comentário" e da "análise", nas várias televisões e nos diversos jornais. Uma chusma de jongleurs, especializados nas mais evidentes banalidades.
Como dizia um amigo meu, dado como "desaparecido" durante um fim de semana bem regado, e que a espaços telefonava para casa, articulando as palavras cada vez com mais dificuldade: "no pasa nada!". Mas só para ver a direita ultramontana em pânico já valeu a pena.
1 comentário:
Meu Caro Santiago Macias
Esses mesmos comentadores que agora se eriçam por o PCP ter admitido participar numa solução governativa para impedir um novo governo da direita neoliberal e austeritária, ainda há pouco criticavam ad nauseam o PCP invocando que era apenas um partido de protesto e que não queria o poder. Como dizia um miúdo traquina num desenho do recentemente falecido José Vilhena, "se atiro setas à Tia Amélia, é porque atiro setas à Tia Amélia, se não atiro setas à Tia Amélia, é porque não atiro setas à Tia Amélia!...".
A propósito de comentadores, deixe-me chamar-lhe a atenção para esta: o coveiro da Reforma Agrária António Barreto, inaugurando uma coluna cheia de pompa e circunstância no DN deste domingo, aponta a contradição de os autarcas do PCP (atenção, esta é consigo!), apesar de o Partido ser contra a integração europeia, recorrerem a fundos da UE para as suas autarquias. Grandes malandros!
E grande sociólogo este Barreto da treta!
Desculpe-me esta excitação dominical...
Um abraço do
JHS
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