Repito um curto texto de abril de 2013:
Marcelo Rebelo de Sousa é
um jogador, que joga o jogo pelo jogo. A política não é, para ele, um fim, mas
um instrumento lúdico. Em janeiro de 1974 (!) escrevia, sobre Marcelo, o
jornalista Artur Portela Filho "Só ele se move. Só ele existe. Só ele
manobra". E mais "A Marcelo Nuno deram, talvez, 90.000 quilómetros
quadrados de esperança e dez milhões de bonecos de pasta. É o que se chama - um
babygro político".
Quase quarenta anos
passaram. O estilo mantém-se. Talvez por isso se justifique o que me dizia,
ontem ao almoço, um conhecedor profundo do ambiente político lisboeta
"Marcelo tem espetadores, mas dificilmente terá eleitores". Uma
análise política rigorosa, feita em poucas palavras. Em tradução livre: não é
pelo brihantismo do comentário que chegará a Presidente da República.
Um erro a dois: do meu interlocutor e meu. Nesta altura, só ele [Marcelo] se move, só ele existe, só ele manobra. Não há, de momento, nenhuma candidatura com peso suficiente para, eleitoralmente, lhe fazer frente. O principal adversário de Marcelo é, como quase sempre, ele próprio.
Dúvida final: se chegar à Presidência, haverá vichyssoise na receção de tomada de posse?
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