terça-feira, 4 de janeiro de 2022

HERGÉ

Sou um razoável inculto em termos de BD. Para mim, Hergé era/é Tintim. Fui ver a exposição da Gulbenkian com algumas reticências. "Arrumei-as" quase todas. Aprendi coisas divertidas - que o Castelo de Moulinsart tem raízes num, verdadeiro, no vale do Loire; que o Oliveira da Figueira tem quase 90 anos (somos imbatíveis, nós lusitanos, mais a nossa reputação); que o Tchang "existiu" mesmo; que o tratamento da cor tinha normas precisas e muito rígidas; que Hergé se rodeava de especialistas nos temas que abordava etc. - e revi muitas das leituras de outros tempos.

A exposição deixou-me também algumas perplexidade:
1. Não me lembro de ter visto uma exposição com esta dimensão sem ficha técnica; fiquei sem saber a quem coube o comissariado ou a iniciativa;
2. No genial painel com as obras colocadas em bateria, não há livros em hebraico e em árabe (por abrirem ao contrário?) e há uma cruz a marcar o centro, e não se percebe bem porquê.

Tirando essas interrogações, foi um belo final de manhã, que me deu verdadeiro prazer e me trouxe memórias muito precisas de outros dias, de há muitos anos.

A exposição fecha no domingo. Depois não digam que não avisei.


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