A CDU não fez nada e não se mexeu? Alto e para o baile! Independentemente do que o meu amigo e camarada José Maria Pós-de-Mina tiver a dizer (e argumentos e factos não lhe faltarão) aqui vão dados ainda recentes.
Republico um texto saído neste blogue logo após o triunfal anúncio feito por Capoulas Santos na Feira de Moura. Já lá vão 3 anos, 4 meses e 3 dias. O regadio e linha ferroviária são a nossa linha do horizonte. Vão-se afastando, sem data de conclusão precisa.
Mas tanto, tantíssimo que eles gostam do Alentejo 💜💜💜
SEGUNDA-FEIRA, 17 DE SETEMBRO DE 2018
ALQUEVA E MOURA - 2014/2023: CRONOLOGIA RECENTE E FUTURA DO REGADIO
Teve lugar em Moura uma sessão de apresentação do do Bloco de Rega de Moura, Póvoa e Amareleja. O anúncio tem sido saudado com agrado, como seria de esperar. E como se justifica. Não se trata, contudo, de uma novidade.
Final de junho de 2014 - Elaboração dos termos de referência para os concursos dos projetos de execução da zona de Reguengos e Póvoa-Amareleja.
3.11.2015 - José Pedro Salema, presidente da EDIA, anuncia que está em estudo aumentar 27% e beneficiar mais 45 mil hectares, ou seja, passar dos 120 mil hectares, previstos no projecto inicial, para 165 mil hectares. Havia uma estimativa do investimento necessário, que era de 150 milhões de euros para os 45 mil hectares, mas não havia garantia de financiamento.
14.1.2016 - Sessão, em Moura, de apresentação de arranque do projeto.
8.3.2016 - Sessão sobre o futuro do regadio no concelho de Moura: encontro com agricultores (na Junta de Freguesia da Póvoa de S. Miguel
6.7.2016 - Afirmava o Ministro da Agricultura que sem o financiamento do BEI [Banco Europeu de Investimento] não era possível concluir o Alqueva.
14.11.2017 - O Banco Europeu de Investimento aprovou um empréstimo de 260 milhões de euros para Portugal; a maior parte do dinheiro é para aumentar a área de regadio do Alqueva.
17.11.2017 - Anúncio, pelo Ministério da Agricultura, que irão ser, até 2022, criados mais 49.427 hectares de regadio, distribuídos por 13 novos blocos de rega
1.2.2018 - O anúncio volta a ser repetido. Moura/Póvoa: 10.000 hectares previstos.
12.5.2018 - Jornal "Público": Preço da energia em Alqueva é um buraco financeiro para a EDIA. Interesse público “não foi devidamente salvaguardado” nas concessões das centrais hidro-eléctricas de Alqueva e do Pedrogão à EDP e a EDIA tem de se virar para o fotovoltaico.
Agora, o anúncio voltou a ser repetido. Prazo de conclusão das obras? 2021/2022/2023. Curiosamente, os comunicados que vão saindo não permitem apontar, com rigor, uma data.
Novidades, não há. Expetativas, sim.
Sem comentários:
Enviar um comentário